Onde Chico Vive?

Onde
Chico Vive?

Chico vive na floresta que respira, no concreto que floresce.
No suspiro da terra, no pulso das cidades.
Vive no cuidado que transforma, no gesto que semeia futuro.
Onde a vida insiste, o amor se torna presença.

Chico Vive.
E sua história também

Um legado que continua germinando

Chico Mendes nasceu em Xapuri, Acre, em 1944, entre seringueiras e saberes da floresta. Ainda jovem, percebeu que a destruição da natureza ameaçava não só o meio ambiente, mas também a vida de seu povo. Com coragem e escuta profunda, uniu saberes tradicionais e técnicos, costurando alianças entre indígenas, seringueiros, ambientalistas e organizações do Brasil e do mundo.

A biografia completa de Chico Mendes pode ser encontrada em sites de instituições que promovem a continuidade de seu legado:

Como o Comitê Chico Mendes, liderado por Ângela Mendes, filha de Chico Mendes, que realiza anualmente o Festival Jovens do Futuro, a Semana Chico Mendes e tantas outras ações de preservação da memória de Chico Mendes, seus ideais e da luta dos povos da floresta em seus territórios. 

Como o memorial do CNS – Conselho Nacional das Populações Extrativistas, criado por Chico Mendes e liderado pelo seu companheiro Júlio Barbosa, organização para defesa da floresta amazônica e dos povos que nela vivem. 

Como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, instituição federal brasileira responsável pela gestão de unidades de conservação federais e execução da política nacional de conservação da biodiversidade.

Como o WWF Brasil, organização que trabalha para mudar a atual trajetória de degradação ambiental e promover um futuro mais justo e sustentável para todos, no qual sociedade e natureza vivam em harmonia.

Como o Instituto de Estudos Amazônicos, organização em defesa da Amazônia, das populações tradicionais extrativistas e do uso sustentável dos recursos naturais, liderada por Mary Alegretti, companheira de Chico Mendes.

Como nos artigos da Revista Xapuri, empresa de comunicação socioambiental, voltada para o jornalismo de resistência, liderada por Zezé Weiss, companheira de Chico Mendes.

Entre tantos outros espalhados pelo Brasil e pelo Mundo.

Você pode conhecer a Casa de Chico Mendes, localizado no município de Xapuri, estado do Acre, Amazônia, Brasil. Casa Memória, patrimônio cultural tombado pelo Iphan, administrada pela esposa de Chico Mendes, Ilzamar Gadelha e seus filhos Elenira e Sandino Mendes. 

Em Xapuri, na Reserva Extrativista Chico Mendes (RESEX), você pode também conhecer uma colocação de seringa com o Raimundão e sua família, primo de Chico Mendes e líder seringueiro, segue até os dias de hoje com projetos como o Ateliê da Floresta, o turismo comunitário da Ecotour Resex, na comunidade Rio Branco, Seringal Floresta.

Onde Chico Vive?

Chico vive na Amazônia, sim.

Nos seringais que ainda resistem, nas reservas que mantêm a floresta em pé,
nas mãos que colhem castanha, no fogo aceso do forno de farinha.

Vive nas canoas que deslizam nos igarapés, nas redes estendidas, nas rodas de conversa à sombra da samaumeira.

Mas Chico também vive nas cidades.

No grafite da Estação da Luz, em São Paulo, no manifesto colado em uma vitrine de Berlim, na dança do Centro Cultural da Maré, no Rio de Janeiro.

Vive na escultura suspensa do MAM em Salvador, no cinema de rua de Medellín, na galeria El Museo del Barrio, em Nova York, na fala de Ai Weiwei que atravessa oceanos.

Vive nas canções de Emicida, nos filmes de Ava DuVernay, nas coreografias de Lia Rodrigues, na presença de Dira Paes no palco e na tela, na moda de Stella Jean, que respeita a terra e nos desfiles conscientes da Osklen.

Vive na Bienal de Veneza, no Sesc Pompeia, em São Paulo e no High Line de Nova York,

Vive onde a arte encontra o cuidado e a beleza carrega sentido.

Chico vive nas vozes
que ecoam esperança.

Nos discursos de Greta Thunberg, na sabedoria de Angela Davis e na pesquisa de Carlos Nobre.  

Vive na arte engajada de Yoko Ono, no ativismo de Malala Yousafzai, que insiste na educação como caminho de liberdade.

Vive nos encontros de jovens que se movem e nas caminhadas que semeiam o futuro.

Chico vive nas trilhas
do saber que floresce em
gerações mais conscientes.

Chico vive no pensamento de Paulo Freire, na pedagogia que liberta, que escuta e que abraça.

Vive no pensamento entrelaçado de Edgar Morin, que costura saber e sensibilidade,

na ideia que acolhe a complexidade e na ética que se faz afeto e responsabilidade.

Vive no olhar de José Pacheco, nas escolas sem muros e sem medo, em um futuro que se constrói com confiança.

Chico vive onde se aprende com os livros, com a terra e com o tempo. Vive nas escolas das florestas e cidades.

Vive no Instituto Alana, que semeia a sustentabilidade no solo fértil da educação, espalhando raízes profundas pelo país.

Vive nos Earth Guardians, que ecoam seu canto nas ruas vibrantes de Nova York, Los Angeles e Washington, como Guardiões da Terra.

Vive no Programa Escola Verde, que floresce no Nordeste brasileiro, no Ceará, Piauí e Pernambuco, onde a terra conversa com o vento e a juventude aprende a escutar.

Vive no Roots & Shoots, espalhando esperança em mais de cem nações e transformando gestos em semente de mudança.

Vive nos Educadores Sem Fronteiras, que cruzam continentes e culturas, levando a chama do cuidado e da consciência brasileira às terras de Portugal, Espanha e além-mar.

Chico vive nas raízes de sua casa, lá em Xapuri, no Acre, na casa de Raimundão, no Ateliê da Floresta, no CNS, no Comitê Chico Mendes, na Ecotur Resex, no Esperançar Chico Mendes, no Fundo Amazônia Sustentável, na Revista Xapuri, na SOS Amazônia, na Samaúma, no Varadouro, na aliança dos povos da floresta. 

Chico vive em gestos cotidianos.

No minimalismo, na alimentação orgânica, no movimento slow food, no consumo local, na economia solidária e na moda circular. 

Vive nos sapatos biodegradáveis, nos brechós de bairro, nas feiras agroecológicas e nas escolhas conscientes de quem quer consumir menos e viver mais. 

Chico vive nas casas que cultivam hortas em pequenos vasos, separam o lixo ou fazem composteiras com cascas de frutas. 

Vive em quem junta sementes, planta ervas no parapeito das janelas e transforma o seu pequeno espaço em floresta íntima.

Chico vive em quem cuida das águas.

Em quem fecha a torneira ao escovar os dentes, colhe a água da chuva com baldes no quintal ou reutiliza a água do arroz para regar as plantas,

Vive em quem escolhe a ducha rápida e canta apenas o refrão durante o banho.

Chico vive em cada gesto que trata a água como bem sagrado.

Chico vive em quem limpa o
caminho e o preenche com afeto.

Em quem recolhe o lixo das trilhas, leva de volta a latinha da praia ou guarda o papel no bolso até achar lixeira.

Vive em quem varre a própria calçada ou cuida de uma praça pública mesmo quando ninguém está olhando. 

A memória de Chico (re)vive todas as vezes que uma pessoa oferece um prato de comida a alguém na rua ou deixa um cobertor para aquecer um coração no banco de uma praça.

Chico vive em quem cuida dos animais e planta mudas na calçada. Vive onde a gentileza vira abrigo.

Chico vive na esperança 

que se recusa a murchar.

Na utopia que floresce no asfalto, na coragem de quem sonha mesmo sem manual, mesmo sem saber por onde começar.

Chico vive onde a vida existe,
onde a vida insiste,
onde a vida persiste. 

Conheça algumas instituições que mantêm Chico vivo

Com foco em impacto positivo, a plataforma integra conservação, cultura e desenvolvimento responsável por meio de ações e projetos com impacto nacional e global, como o Prêmio Chico Vive, o Manual do Audiovisual Sustentável, as produções audiovisuais sustentáveis, entre outros…